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Grupo feminino, artístico e percussivo que evidencia as expressões e manifestações culturais populares do nordeste, fundado em 2012, na cidade de João Pessoa, capital da Paraíba, pelas feministas, atrizes e brincantes da cultura de matriz afro-indígena Ana Tavares e Cely Sousa, multiartistas paraibanas e negras. Esse coletivo é constituído por oito mulheres que se autodeclaram feministas, empoderadas e afro-indígenas, elas transbordam sonoridade em seu pensar e agir, ao compasso percussivo e melódico da sua existência e resistência cultural. O grupo nasceu, aflorou a partir da necessidade de inserir as mulheres afro-indígenas como protagonistas das culturas tradicionais e originárias, ao mostrar para a sociedade patriarcal e colonialista, que mulheres têm a capacidade de idealizar, fundar, coordenar e manter a permanência de grupos percussivos brasileiros com foco na cultura de matriz afro-indígena. Através dessa iniciativa é possível conhecer e valorizar as práticas culturais dessas feministas, protagonistas e guardiãs da memória e identidade da cultura tradicional e originária. Esse grupo artístico de estilo percussivo e performático tem como foco principal a “mulher”, em sua diversidade cultural, étnica e religiosa. As mulheres dele participantes, atuam nos diversos seguimentos da arte e nas mais variadas profissões são atrizes, artistas populares, capoeiristas, diretoras musicais, compositoras, cantoras da cultura popular, dançarinas, percussionistas, contramestras de capoeira, artesãs, artistas plásticas, artistas urbanas, pintoras, palhaças, poetisas, multiartistas, designers, educadoras sociais, professoras, arquivistas, pedagogas, psicopedagogas, terapêuticas holísticas, especialistas, mestras e doutoras em ciência da informação. A partir da trajetória pessoal, profissional e cultural das participantes do AjaMulher é possível vislumbrar um conjunto de saberes determinados pela interação de partilha de conhecimento entre essas mulheres, ao promoverem elementos e tradições culturais que estão associados à linguagem popular e oral. As performances poéticas, artísticas, percussivas e musicais dessas multiartistas que constituem o AjaMulher são envolventes e possibilitam sensações sinergéticas entre elas e as pessoas apreciadoras da trajetória artística desse coletivo que ressalta o protagonismo feminista no Nordeste, especificamente em João Pessoa.
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